“Iya iya o!
Bori ala
Keto Baba!
Dugbe dugbe Alado firo,
Iya ope l`aiye
Oh, Mãe, Mãe,
Cabeça que nos cobre
Com coisas boas!
Assim como Xangô imortaliza o relâmpago no ar.
Mãe, estaremos sempre gratos ao mundo por vossa existência.”
O XIV Alaindê Xirê – Seminário e Festival Internacional de Culturas
Africanas e Afro-brasileiras que ocorreu entre os dias 30/10 e
02/11/2013 no Ilê Afro Brasileiro Odé Loreci, na cidade de Embu das
Artes em São Paulo contou com a presença de 350 pessoas ao longo dos quatro dias. Impossível descrever em palavras.
O seminário contou com a presença de pesquisadores e intelectuais de
Cuba, Moçambique, EUA, França, Nigéria e de várias universidades
brasileiras. Os debates percorreram os temas propostos, cultura,
educação, música, religiosidade, racismo, entre tantos outros assuntos
acerca das culturas negras da diáspora.
Também participaram autoridades públicas como o Sr. Chico Brito – Prefeito de Embu das Artes, bem como a Coordenadora de Igualdade Racial da cidade de Embu das Artes a Sr. Marisa Araújo, a Profa. Silvany Euclênio (Secretaria de Comunidades Tradicionais da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial – SEPPIR – PR), o Sr. Américo Córdula (Secretário de Politicas Culturais do Ministério da Cultura do Brasil), o Sr. Valério Benfica (Representante Regional do Ministério da Cultura no Estado de São Paulo), Sra. Fátima Gazal e Sr. Márcio Santos (Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo), a Sra. Rocio Ortega (Senado Federal do Paraquay), entre dezenas de autoridades dos povos de matriz africana estiveram presentes.
Durante o seminário foram assinados listas para solicitação de patrimônio material e imaterial do Terreiro de Candomblé Santa Bárbara (o mais antigo que se tem noticias em São Paulo), o Santuário Nacional da Umbanda na cidade de Santo André e o próprio Ilê Afro Brasileiro Odé Loreci.
Outra atividade importante foi a Roda de Conversa sobre o I Plano Nacional de Desenvolvimento Sustentável dos Povos e Comunidades Tradicionais de Matriz Africana, coordenado pela SEPPIR,
com a presença de importantes lideranças religiosas, políticas e
acadêmicas que discorreu sobre o conjunto de políticas públicas que
buscam a garantia de direitos, a proteção do patrimônio cultural e da
tradição africana no Brasil. Além do enfrentamento à extrema pobreza com
ações emergenciais e de fomento à inclusão social produtiva e
Desenvolvimento Sustentável.
A alimentação – almoço, jantar e cafés – preparados pela equipe do Ilê Afro Brasileiro Odé Lorecy e a pequena livraria também foram pontos fortes do evento, foram vendidos, a preço de custo, cerca de 85 livros, além dos lançamentos: Obàtálá e a Criação do Mundo Yorùbá de Luiz L. Marins e Ensaios sobre raça, gênero e sexualidades no Brasil de Jocélio Teles dos Santos.
Nas apresentações culturais o DJ Eduardo Brechó surpreendeu a todos com uma lista de músicas inspiradas nas culturas negras. No outro dia foi a vez do impecável Samba de Roda de Nega Duda.
Fonte: KultAfro
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