sábado, 31 de outubro de 2015

Comemoração do dia da UMBANDA

A ARMAC e Mãe Dango convidam para comemorar o dia 14 de novembro, DIA DA UMBANDA de Campinas.

 

domingo, 25 de outubro de 2015

BRASILEIRO FALA BANTO

BRASILEIRO FALA BANTO

Por Marcos Bagno (*)
Dia desses, uma gaúcha veio me contar, entusiasmada, que tinha aberto uma escola de línguas em Porto Alegre, que não queria se limitar ao ensino das línguas europeias (inglês, francês, espanhol, italiano, alemão) mas pensava em oferecer também o iorubá, para ser uma escola “politicamente correta”, que contemple as línguas que “influenciaram” o português brasileiro.
Pensei com meus botões: “Mais uma iludida”.
O desconhecimento, por parte da maioria dos brasileiros, inclusive linguistas profissionais, da história linguística do nosso país é impressionante. Quando, com base nos excelentes estudos de Yeda Pessoa de Castro, digo às pessoas que, das línguas africanas trazidas para cá com o tráfico de escravos, a que menos impacto exerceu sobre o português brasileiro foi o iorubá, as reações costumam ir da surpresa à indignação.
O iorubá é uma língua oeste-africana. Seus falantes só começaram a ser trazidos para o Brasil no final do século XVIII, com a destruição do reino de Queto, e também depois de 1830, quando foi arrasado o império de Oió.
Ficaram concentrados nas zonas litorâneas, com especial destaque para a região do Recôncavo baiano. Com os falantes de iorubá e de outras línguas oeste-africanas vieram os cultos religiosos que se tornaram conhecidos como candomblé.
Por causa do prestígio cultural que essas manifestações religiosas alcançaram é que se fixou, entre nós, o mito de que o iorubá é a principal (quando não a única!) língua africana que exerceu “influência” sobre o português brasileiro.
Desse mito decorrem inúmeras distorções como, por exemplo, a do filme “Quilombo”, de Cacá Diegues (1984), em que Zumbi dos Palmares e demais quilombolas falam iorubá, em pleno século XVII, quando ainda não tinham chegado ao Brasil os falantes dessa língua. O mesmo se pode dizer dos inúmeros cursos de iorubá oferecidos Brasil afora e que muitas pessoas vão frequentar na crença de que, assim, se aproximariam mais das raízes africanas da nossa população e da nossa cultura.
Ora, as línguas que de fato mais confluíram para a formação do português brasileiro são de uma outra família, a família chamada banto. São de línguas bantas (quicongo, quimbundo, umbundo) a maioria dos escravos trazidos a partir do século XVII e que serão distribuídos por todo o território brasileiro.
A antiguidade da presença dos bantos é que explica a grande quantidade de vocábulos plenamente integrados ao falar brasileiro do dia-a-dia e referentes aos mais diversos campos da vida humana. As palavras do iorubá que empregamos, por outro lado, se referem quase exclusivamente ao universo religioso e têm uma difusão muito mais restrita geograficamente.
Com isso, se quisermos de fato nos aproximar das nossas raízes africanas mais profundas, é nas línguas do grupo banto que devemos procurá-las. É delas que vêm, entre tantas outras, as já brasileiríssimas caçula, carimbo, cachaça, dengo, samba, sacana, biboca, maconha, bagunça, jiló, cachimbo, cafungar, fungar, cabular, catinga, catimba, ginga, lambada, cangaço, mocambo, moleque, miçanga, moqueca, muamba, olelê-olalá, tutu, titica, xingar, quiabo, quitanda, quitute, muxoxo, cochilo, banguela, cabaço, beleléu, zanzar, ziquizira, songamonga, moringa, camundongo, babaca, senzala, mucama, macaco, babau, caxumba, capanga, canga, tanga, lengalenga, mandinga, coroca, cotó, fubá, moleque, cafuné, jagunço, meganha... sem falar, é claro, da grande unanimidade nacional: a bunda!
Além disso, os pesquisadores vêm mostrando cada vez mais que o impacto do banto sobre o português brasileiro não se restringe ao léxico, isto é, às palavras. Muitas das características gramaticais próprias do português brasileiro (algumas, aliás, exclusivas da nossa língua no conjunto das línguas românicas e mesmo indo-europeias) podem ter origem na transferência, para a língua que foram obrigados a aprender, de traços gramaticais dos idiomas bantos falados pelos escravos.
Uma delas é a possibilidade de locuções adverbiais ocuparem a posição de sujeito. Por mais natural que nós, brasileiros, consideremos uma frase como “Esse elevador só cabe 8 pessoas” ou “A janela do meu quarto não bate sol”, essas construções são desconhecidas não só do português europeu, mas de todas as línguas românicas e também das demais línguas indo-europeias.
Ora, nas línguas do grupo banto construções desse tipo são perfeitamente comuns. Quando (se) a sociedade brasileira algum dia deixar de ser uma das mais racistas do mundo, quem sabe o verdadeiro impacto da cultura africana venha a ser definitivamente reconhecido, valorizado e apreciado.

sábado, 24 de outubro de 2015

quarta-feira, 21 de outubro de 2015

terça-feira, 20 de outubro de 2015

Mãe Dango recebe título de Cidadã Campineira

Mãe Dango recebe título de Cidadã Campineira!!!!!

Parabéns, Mãe Dango!!!!
A Câmara de Vereadores de Campinas acaba de aprovar o projeto do vereador Carlão , Carlos Roberto de Oliveira , que confere titulo de cidadã campineira à Mãe Dango!!
Mais do que merecido o título !!!!
Mais uma Vitória!!! VIVA!!!! PARABÉNS!!!!

sexta-feira, 16 de outubro de 2015

Evento METAS DO MILÊNIO PELA ONU

 Evento METAS DO MILÊNIO PELA ONU

Mãe Dango participou do evento de assinatura do acordo para cumprir Metas do Milênio propostas pela ONU.
O prefeito Antonio Meira assinou, nesta sexta-feira (16/10), às 8h30, termo de adesão de Hortolândia às metas estabelecidas pela ONU (Organização das Nações Unidas) para o desenvolvimento do município. A assinatura confirma o comprometimento da Prefeitura com os ODM (Objetivos de Desenvolvimento do Milênio), oito metas a serem cumpridas até o fim deste ano.





quinta-feira, 15 de outubro de 2015

sexta-feira, 9 de outubro de 2015

VITÓRIA!!!! Justiça obriga igreja evangélica a indenizar terreiro

VITÓRIA!!!!

Justiça obriga igreja evangélica a indenizar terreiro após morte de ialorixá em Camaçari.

O terreiro era alvo de inúmeros ataques de intolerância religiosa por uma igreja evangélica que fica em frente
A Defensoria Pública do Estado da Bahia (DPE/BA) conseguiu, nesta quarta-feira (7), uma liminar com ação indenizatória por danos morais aos integrantes do Terreiro Oyá Denã, em Camaçari. De acordo com o órgão, o terreiro foi atacado moralmente por uma igreja evangélica conhecida como Casa de Oração Ministério de Cristo, construída há 1 ano em frente ao local.
Mãe Dedé de Iansã passou mal e morreu após noite de manifestação de ódio.


Mãe Dedé de Iansã passou mal e morreu após noite de manifestação de ódio
(Foto: Acervo Pessoal)


Segundo a Justiça, os pastores da igreja manifestavam intolerância religiosa, que, segundo os integrantes do terreiro, resultou na morte da ialorixá Mildreles Dias Ferreira, 90 anos, em junho deste ano. Mãe Dedé de Iansã, como era conhecida, teria sido vítima de "uma noite intensa de manifestação de ódio por parte dos ministros da igreja" em frente ao terreiro. Durante a ação, ela passou mal, teve um infarto e morreu.
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A Justiça determinou que cada réu deverá pagar a partir de R$2 mil de multa caso pratiquem atos de intolerância religiosa ou façam qualquer ofensa ao terreiro. Ainda de acordo com a Defensoria, caso a igreja não faça revestimento acústico em sua sede em até 30 dias e se abstenha de realizar culto fora das normas deverá pagar multa a partir de R$5 mil por dia de atraso.

As práticas, que ocorriam com frequência, foram consideradas ofensivas pela Justiça, indicando também a violação à liberdade de culto, assegurada pela Constituição Federal. Este foi o primeiro caso de intolerância em que a Defensoria Pública atuou no âmbito cível em Camaçari.

Relembre o caso
Mildreles Dias Ferreira, 90 anos, que morreu no dia 1º de junho vítima de um infarto. Ela comandava o terreiro de candomblé há 45 anos. Os conflitos aconteciam havia cerca de um ano, quando a igreja Casa de Oração Ministério de Cristo foi inaugurada.
Segundo a família, evangélicos fizeram uma vigília em frente ao terreiro na madrugada no dia da morte da ialorixá. "Ficaram toda a madrugada gritando coisas como ‘afasta o demônio’, ‘limpa esse território do satanás e das forças malignas’. Ela passou mal, teve um infarto e morreu. No dia seguinte a família prestou queixa na polícia, mas a própria Mãe Dede já havia registrado uma queixa contra eles 15 dias antes de acontecer o ato de intolerância que levou à sua morte. Ela tinha 90 anos, mas era muito ativa", disse ao Terra Marcos Rezende, coordenador do Coletivo de Entidades Negras (CEN).


Fonte: http://m.correio24horas.com.br/noticias/single/noticia/justica-obriga-igreja-a-indenizar-terreiro-apos-morte-de-yalorixa-em-camacari/?cHash=349d3f7414191280e5d54d8a23d773b5

quinta-feira, 1 de outubro de 2015

Intolerância religiosa é crime

Intolerância religiosa é crime.

Intolerância religiosa é crime de ódio e fere a dignidade. O direito de criticar dogmas e condutas é assegurado como liberdade de expressão, mas atitudes agressivas, ofensas e tratamento diferenciado a alguém em função de crença ou de não ter religião são crimes inafiançáveis e imprescritíveis. Em caso de discriminação religiosa, ligue para o DISQUE 100. A Lei n. 9.459/1997 considera crime a prática de discriminação ou preconceito contra religiões.
 Confira: http://bit.ly/1O50XCb.